Olhos magoados de doçura infinda,
dois monges pareceis enclausurados;
sobre roxas violetas debruçados,
tal em fôfos coxins princesa linda.
Dizei-me, eu vos suplico: desgraçados
não sois; porque chorais no entanto ainda?
A lembrança talvez... o amor não finda...
O fantasma dos sonhos despresados?
Não pode ser; juraste-me, criança,
e eu creio em ti; minh'alma exalta e canta
nos anseios do amor e da esperança.
De alegria e de sol tua alma aquece;
mas conserva esse terno olhar de santa,
na atitude beatífica da prece!
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