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AGUARDEM!!!

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SEMANALMENTE ESTAREMOS PUBLICANDO NOVAS POESIAS.

domingo, 27 de novembro de 2011

A VOZ DAS CINZAS

Já não existe a minha árvore amiga;
a duros golpes de machado, um dia
tombou; morreu ao soar da Ave-Maria
a minha nobre divindade antiga.

E toda a tarde, ao pôr-do-sol, eu ia
visitar o seu corpo ao qual me liga
inda a mesma afeição sincera e amiga
que a essa morta caríssima me unia.

Hoje, porém, chegando onde jazia
o seu troco mirrado, endurecido,
cinzas...e destas uma voz se erguia:

"Ai ! Nunca mais (ouvi como um gemido)
gosarás ao meu lado, embevecido,
as delícias do sonho e da poesia !"

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