No mais sombrio canto da floresta
a minha terna confidente mora;
doira-lhe o claro sol, por uma fresta,
o altivo porte de real senhora.
É uma árvore triste e cismadora;
e julgo até que a solidão lhe empresta
uma grandeza assaz dominadora,
fazendo-a a soberana da floresta.
Quando o astro rei me fere eme fustiga
com seus látegos tremendos de calor,
vou procurar a minha doce amiga...
Sorvendo o aroma forte da folhagem
sinto-me apenas um modesto pagem
e ela - a rainha do meu grande amor.
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