Bem no fundo do poço, água dormida,
era a minha poesia agonisante,
que ficaria lá por toda a vida,
sem um beijo de sol acariciante.
Imovel a parada, água esquecida,
sem nada produzir de interessante,
continuava serena, adormecida,
aguardando um milagre a cada instante.
A água um dia se agita pouco a pouco,
meu cérebro de sonhos se reveste
e a cantar eu me ponho como um louco...
Novo milagre da ressurreição!
Cresce a poesia e, extravasando, investe
contra as paredes do meu coração.
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