Aos versos meus, que se fanarem cedo,
por tumba dar-lhe-ei o coração,
moradia final que lhes concedo,
onde - estrelas cadentes - viverão.
Nesse cofre ignorado de segredo
suas mágoas um dia morreram;
em seu lugar, intrépido, sem medo,
novos versos certos brotarão.
Prosseguirei cantando alegremente,
nas vibrações do amor e do desejo,
pois, a morte dos versos é aparente.
Eles hão de viver, tenho certeza,
na alegria ou na dor, ou na tristeza,
ou na doçura cálida do beijo.
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