Desiludido e triste caminhava,
sangrando os pés nos cardos dos caminhos;
e, maldizendo a vida que levava,
eu tinha inveja até dos passarinhos.
Como vivem felizes! murmurava,
vendo-os a voar, de volta para os ninhos,
dois a dois, muitas vezes, ou sozinhos...
E a inveja me roia e torturava.
Cantarolando, aos beijos na floresta,
na cadência monótona dos ramos,
vivem as aves em perpétua festa.
Mas, um dia chegaste, e nos olhamos...
Daquela inveja agora nada resta,
pois só sei que, felizes nos amamos.
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