Quisera possuir o gênio de Virgilio,
das estrelas roubar a luz opalescente,
das deuses imitar o infavel idílio,
para em ruínas gritar o nosso amor ardente,
implorar de Petrarca o romântico auxílio,
e dos olhos de Laura o brilho resplendente,
para balsamizar meu coração, no exílio,
em que vivo a pensar no grande amor ausente;
mendigar por piedade ao iserando Jó
um raio de luar do seu olhar magoado
para meu coração que em breve será pó...
O amor que já se fôra...ai!(desse amor não mofes)...
Abandonara o ninho antigo esburacado
para vir palpitar nas veias das estrofes!
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