Tarde moena; ar parado, abafadiço;
a tristeza anda a solta pelo espaço,
choveu há pouco; o solo alagadiço
freme de cansaço.
As árvores, reclusas
no mosteiro bucólico da mata,
desprendem das verdes blusas
um cheiro forte que arrebata.
Melancólica, a natureza pensa;
a selva abafa gritos de revolta;
os pássaros, a voar na atmosfera densa,
sonham com alguma cousa que não volta...
Tarde morna; ar parado e abafadiço;
enquanto a árvore sonha com uma aragem,
o sol tenta beijar o solo alagadiço,
atravez da folhagem,.
Nenhum comentário:
Postar um comentário