Tão moço ainda e já cansado me sentia
percorrendo sozinho a erma estrada da vida,
atrás de uma visão fugaz que me fugia,
qual fumo que se esvai, uma ilusão perdida...
Vai desaparecendo a imagem cada dia...
Não sei como aquecer minh'alma combalida
ao calor da esperança! Oh! Deus, onde estaria
a criatura ambicionada e tão querida?
Falavam-me do amor que milagres opera,
amor que purifica, amor que transfigura...
E eu, no inverno a sonhar com o sol da primavera!
Mas um dia, ao dobrar uma curva da estrada,
tu me surgiste, meiga e terna criatura,
trazendo-me num beijo a ventura sonhada!
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