Achas-me triste, frio, demudado,
estranho ao teu olhar, ao teu afeto;
trago, a sangrar o coração inquieto
a palpitar febril, descompassado.
À desconfiança vivo acorrentado;
meu pobre pensamento está repleto
de muita mágoa, muito fel secreto,
fantasmas delirantes do passado...
Não queiras indagar a origem, louca,
da rígida expressão da minha boca,
porque tua alma boa há de chorar...
Far-te-ei, no entanto, uma proposta casta;
-dá-me o hidromel dos lábios teus e...basta!
bastam teus beijos p'ra me consolar!
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