Eis-me dentro da selva deslumbrante,
Atônito, febril, maravilhado;
talvez a mesma que sonhara o Dante,
a mesma selva escura da passado.
Sente-se ainda o aroma do pecado,
forte, a exalar da seiva gotejante;
Adão e Eva... o jardim engalanado...
Juras de amor escuto a cada instante...
Quanto mistério encerra a natureza,
cujos segredos ninguém pode ler
na sua excelsa e olímpica beleza!
Sonho que estou no verde paraíso,
onde outr'ora, de uns lábios de mulher
nascia o amor de beijo e de um sorriso.
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