Poeta!
Como os pássaros cantores
no seio augusto da floresta,
vivendo em ruidosa festa,
não te pertences a ti...
Vê o sabiá, o azulão,
o pitassilgo, o bem-te-vi,
formando a orquestra divina
sob a batuta mágica de Deus!
Todos a proclamar,
bem alto ou em surdina,
a suprema delícia de amar!
Tua alma também canta e se ilumina
ao súbito clarão dos versos teus!
Eia, sus! Reverdece, coração!
Enfeita-te de sonhos, não de dores!
Olvida por um momento
que o fadário do poeta é o sofrimento...
em cada estrofe um lamento,
em cada lágrima de dor
uma canção do teu amor!
Esquece-te que és homem
e rí das aflições que te consomem!
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