Poeta não sou; fragílimo cantor...
Honrarias tamanhas não merece
quem, por modesto e humilde trovador,
raras vezes em público aparece.
Minha musa embriaga-se na dor,
os meus olhos tristonhos umedece;
se lhe dizem, porém, frases de amor,
transfigura-se, vibra, resplandece.
Jamais serei um bom cinzelador;
a minha inspiração - pobre! carece
de maior brilho e de maior calor...
Entretanto, se acaso me acontece
um verso meu sair de alto lavor,
é o coração em festa que floresce!
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