Abençoada a velhice que me trouxe
ao coração a paz tão almejada,
aquela paz angélica, tão doce,
que os santos devem desfrutar; mais nada...
Nada mais quero; meu viver cifrou-se
no silêncio da calma ambicionada.
Da juventude o cálice esgotou-se,
desfazendo ilusões, na disparada.
E como é deliciosa a vida assim,
sem atropelos nem inquietações;
o contrário da minha mocidade.
Abençoada a velhice, o meu jardim,
onde florescem tantos corações
e dá flores e frutos a saudade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário