Sessenta anos na vida são sessenta
desilusões e amargos deseganos;
as ilusões sepultam-se aos quarenta
nesta barraca triste de ciganos.
Os dias correm, voam, deshumanos,
num galopar que os sonhos afugenta;
o coração exausto não aguenta
a corrida fantástica dos anos.
Mais devagar; cautela...que minh'alma,
purificada pela dor, bem calma,
a Deus implora as bençãos paternais.
Para as regiões serenas do Infinito,
ao levantar o meu clamor, num grito,
a saudade responde: Nunca mais!
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