Meu tosco e pobre verso não castigo
como o faria, certo, um parnasiano;
prefiro fazer dele o meu amigo
e não martirizá-lo, deshumano.
Como barco veloz, a atodo pano,
ei-lo a arrostar, intrépido, o perigo,
cortando águas bravias, soberano,
na demanda de um porto ou de um abrigo.
Não possuindo primores de linguagem,
provêm ele de altíssima linhagem,
fidalguia real do coração...
Livre nasceu, e , em plena liberdade,
nas antenas do amor e da saudade,
vai espargindo poeiras de ilusão.
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