Quer floresça em palácio de ouro e jade
ou viceje nos lodos da espelunca,
será o amor o gêmeo da saudade,
de quem não pode separar-se nunca.
Tão belo o amor!Mas fére sem piedade
com a garra que possue afiada e adunca,
morrendo após tamanha crueldade;
a saudade, porém, não morre nunca.
Nunca morre a saudade e me persegue
como sombra fatal e tão querida,
que afasta-la de mim ninguém consegue.
São ambos minha santa inspiração,
razão de ser de toda a minha vida,
e vida do meu próprio coração.
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